Pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo e da Universidade de Indiana analisaram 243 milhões de artigos científicos de 2,6 milhões de coautores armazenados na base de dados Microsoft Academic Graph.
A ideia foi mensurar, de forma adequada, a contribuição individual de pesquisadores em trabalhos científicos que envolvem colaborações e coautorias. Para isso, foram selecionados autores com pelo menos 10 artigos publicados e 200 citações recebidas, excluindo aqueles no início de carreira. Os resultados revelaram que as colaborações de pesquisa apresentam dinâmicas distintas em diferentes campos do conhecimento.
Um aspecto interessante observado foi a influência de líderes acadêmicos produtivos nos colegas com quem eles publicam artigos científicos. Esses “colaboradores prolíficos”, autores frequentemente presentes nas listas de assinaturas de artigos, tiveram um impacto significativo nas métricas de produtividade dos demais autores.
Tal dependência foi mais evidente em áreas como engenharia, ciência da computação, física, medicina, biologia e química. Os resultados desse estudo podem ser úteis para compreender melhor o funcionamento das colaborações científicas e identificar características dos pesquisadores capazes de produzir ciência de forma autônoma.
Fonte: Pesquisa Fapesp
Foto: Kasto80/Dreamstime.com
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